quinta-feira, 11 de junho de 2009

Questões etnico-racias na sala de aula

Como trabalhar em sala de aula as diferentes identidades e culturas, levando em consideração a diversidade no ambiente escolar???

Através dos estudos sobre a cultura indígena e afro-brasileira e com a proposta de uma atividade pedagógica com assuntos pertinentes a esse contexto, pude refletir teoricamente a contextualização da prática.
Desta forma, penso que através desta ação educativa, proporcionei aos alunos um olhar diferenciado, um olhar para as culturas e etnias, fazendo com que ele também se sinta importante e parte do contexto e da história a qual damos continuidade. Em virtude disso, o aluno também passa a compreender que é conjunto que se constrói múltiplas aprendizagens, com diferentes idéias e conceitos, por isso a importância de respeitar todos os meus colegas, e destruindo com os pré-conceitos elencados em nosso interior.
Nesse sentido, o professor antes de tudo, deve romper as barreiras do pré-conceito, repensando suas concepções em sala de aula, concepções de mundo, de vida, de humanidade. Cabe ao professor, oferecer ao aluno essa interação com as diversas culturas que existem ao longo da história, mostrando e elaborando caminhos que evidenciam que apesar das diferenças, somos seres humanos iguais.
Além disso, devemos relembrar que é lei (Lei 11465, de 10 de março de 2008) trabalhar a história da cultura indígena e afro-brasileira, lei essa obrigatória, que deve ser incluída no currículo escolar. Devemos então quebrar os paradigmas que usamos quando se trata do índio e do negro, tratando-o com um ser humano pejorativo e sem moral na sociedade, assim como cita Charles Taylor (1994: 58), “...um indivíduo ou um grupo de pessoas podem sofrer um verdadeiro dano, uma autêntica deformação se a gente ou a sociedade que os rodeiam lhes mostram como reflexo, uma imagem limitada, degradante, depreciada sobre ele.”
É dentro da sala de aula que se tem a oportunidade de mostrar ás diferentes culturas, identidades, ressaltando que nenhuma delas é melhor que as outras, ambas se completam.

“É um costume inglês: na primavera, as pessoas semearem, várias sementes misturadas. Nada de jardins com cercas separando qualidades... simplesmente espalham-se as sementes, e o maior prazer, é ver o resultado. A maior expectativa é ver como ficará o jardim. Não interessa tamanhos, cores, espessuras, mas a beleza disforme do jardim...”

O professor deve mostrar que somos como um jardim que tem sua beleza disforme em função das nossas diferenças, que cada um é parte importante na formação do jardim em nossa sala de aula.

É isso ae!!!! Precisamos rever nossos conceitos enquanto educadores!