segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Eixo IX - TCC

Neste semestre estamos em busca da conclusão do curso, e assim colocar em pauta todas as aprendizagens que se deram durante todo esse tempo de estudos e resignificações na prática de ensino.

O meu TCC é intitulado: Sala de aula: A construção do sujeito autônomo

Este estudo trata-se de uma reflexão teórico prática sobre o desenvolvimento da moralidade autônoma do aluno em sala de aula e quais atividades proporcionam esta construção.  Apóia-se, teoricamente, na Teoria de Paulo Freire e na Epistemologia Genética de Piaget, através de autores como Camargo (2009), Correa (2003), Gallego (2006) e Picetti (2010). A coleta de dados foi feita a partir do material empírico resultante das atividades realizadas durante a prática de estágio supervisionado. Seu objetivo é analisar como as atividades escolares favorecem a construção da autonomia.

O desenvolvimento moral permeia estas atividades porque ocorre através das relações entre pessoas e na forma como estabelecem respeito entre si. O sujeito aprende e se desenvolve na troca, na relação com o meio e, assim, decifra o mundo com ações próprias, através de uma educação para a liberdade e conscientizadora, aprende através de atividades colaborativas que devem ser proporcionadas no ambiente em sala de aula.

A partir da realização deste trabalho, relacionado à teoria estudada e os dados colhidos, pode-se concluir que o desenvolvimento da autonomia depende da cooperação com o outro, do respeito mútuo, do diálogo, da reciprocidade, do respeito às regras, da interação com o meio e com o sujeito que o constitui e, assim, através de atividades que propiciem a cooperação desenvolvidas na prática de ensino, podemos intervir auxiliando a transformar sujeitos em verdadeiros cidadãos conscientes e autônomos.

Penso que, nós educadores precisamos estar conscientes do importante papel a desempenhar na educação, pois através das atividades desenvolvidas na prática de ensino, podemos transformar sujeitos em verdadeiros cidadãos conscientes e autônomos.

Ressalto também que, cada vez mais, se faz necessário que os profissionais da educação reflitam constantemente sobre suas práticas, revendo as estratégias de ensino utilizadas, a fim de permitir um ambiente escolar que favoreça a construção da autonomia e que dê possibilidades de construir uma educação libertadora. Por isso, ressalto a importância de uma boa formação, bem como considero essencial a formação continuada, onde devem ser abordados assuntos relacionados à temática em questão.

Agora, é só aguardar a colação de grau!!! Uhuuuu... abraços, Tamires

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Eixo VIII - Estágio Supervisionado

Bom, chegou a etapa de refletir acerca do meu período de estágio supervisionado!
Relembrando: O estágio foi realizado no período de 12/04 à 11/06/2010 com uma turma de 3ºano, composta por 21 alunos.

Como na postagem anterior cito a atividade em que realizei a partir da música de Chitãozinho e Xororó "Planeta Azul", trago esta como ponto de reflexão durante o período de estágio:

Após distribuir a letra da música aos alunos, realizei a leitura e em seguida cantamos a música. Realizamos um diálogo livre, mas com grandes contribuições, sobre o entendimento da letra. Após, questionei-os sobre as ações do homem sobre o planeta, e assim os alunos foram colocando suas opiniões em função da nossa triste realidade do meio ambiente.
Para a conclusão da atividade, propus aos alunos que formassem grupos, e nestes grupos realizassem pequenas contribuições de idéias sobre a letra da música, e construir cartazes exemplificando duas situações:

• 01-Representar a situação mostrada na letra da música;
• 02-Representar como poderá ser se mudarmos nossas atitudes frente ao planeta terra.

Como culminância desta atividade, os alunos apresentação aos colegas e expuseram na sala de aula;

Fazendo uma análise teórica, a atividade proporcionou a construção da autonomia, pois os alunos puderam expor suas idéias, e compartilhar com os seus colegas; logo evidenciaram melhorias para a nossa realidade ambiental, e, portanto, tornaram-se cidadãos conscientes e autônomos diante desta realidade, embora esta realidade seja bastante triste, mas a partir deste desenvolvimento, favorecemos a construção de indivíduos preocupados com a realidade do seu mundo, e com capacidade de democratizar e transformar a própria realidade.

Freire (2009) exprime autonomia como a capacidade de viver em democracia. Além de cooperar com o outro, o sujeito é conduzido a pensar em atitudes conscientes, que visam melhorias no desenvolvimento da democracia.

Além disso, os alunos puderam criar estratégias que fossem sanar as dificuldades encontradas nesta realidade e se conscientizar desta problemática encontrada na própria sociedade em que o sujeito está inserido.

A temática trabalhada pelo professor trouxe ao aluno a conscientização, pois o educando precisou identificar o que de fato era correto perante essa situação, e assim elencar atitudes individuais e coletivas para que a realidade ambiental fosse modificada, e, portanto, o professor trouxe a educação para a liberdade, onde o aluno tornou-se capaz de decifrar a sua realidade e criar maneiras de renová-la.

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FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 32º impressão. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 2009.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eixo VII - Linguagem e Educação

Continuando com as reflexões dos semestres, repassei os trabalhos realizados durante o 7º semestre e assim realizei novamente a leitura do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” de Kleiman, que traz a importância do letramento social, mas contudo, nos evidencia que as escolas preocupam-se apenas com o letramento escolar.

Porém o letramento social deve ser praticado/ensinado em todo e qualquer ambiente educacional, visto que este ensina para a vida, para a prática e convivência em sociedade. Todavia, como nos afirma a autora, a escola mantém-se preocupada para os objetivos voltados a aquisição da escrita e leitura, não levando em consideração a contextualização da escrita e leitura na prática social. Visto assim, sua maior ocupação é desenvolver no aluno a capacidade de interpretar e escrever textos abstratos, dos gêneros expositivos e argumentativos.

Paulo Freire diz que na medida em que o professor possibilita uma leitura crítica da realidade, se constitui como um importante instrumento de resgate da cidadania e que reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social (Freire, 1991:68, apud KLEIMAN 2006, p.14).

Desta forma, a escola tem a possibilidade de mostrar aos seus educandos uma prática de letramento que possibilita desenvolver princípios morais e sociais, tornando alunos autônomos, críticos e capazes de discernir atitudes adequadas às situações cotidianas. Além disso, oferecer condições necessárias para agir com autonomia diante da palavra escrita, atendendo as suas necessidades.

Fazendo uma análise, este texto vai ao encontro a minha temática do Tcc, que traz o letramento social através de atividades que vão favorecer a construção da autonomia, que vão proporcionar através destas atividades, que o aluno decifre o mundo e seja capaz de transformá-lo, agindo com criticidade e consciência perante a sociedade.

Trazendo para a minha prática durante o estágio estive preocupada em trazer atividades que fizessem com que os alunos precisassem relacionar a temática com a sua vida, com a nossa realidade. Um exemplo, foi a letra da música "Planeta Azul" Chitãozinho e Xororó, onde os alunos precisavam evidenciar as melhorias para o meio ambiente, e portanto, exercitar o letramento social, aprendendo muito além que o letramento escolar.

Referências Bibliográficas
KLEIMAN, Angela B. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP. Mercado de Letras, 1995. Coleção Letramento, Educação e Sociedade.